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Marketing Territorial: Longe da vista, longe do coração

Vivemos tempos de completa incerteza e profunda crise transformacional, nesse sentido e pensando já na (esperemos que breve) pós-crise pandémica, é fulcral delinear estratégias e modelos de desenvolvimento capazes de inverter esta tendência de retrocesso e mitigar os danos desta crise.

Na certeza de que esta é uma batalha que tem de ser travada por todos nós, é evidente que o poder local tem um papel preponderante de alavancagem dos nossos territórios. Mais do que olhar para o presente, é necessário olhar para o futuro e trabalhar rumo à reconstrução da confiança. Não só do ponto de vista do turismo, mas também a nível social, económico e cultural em várias escalas. Nesse prisma, o Marketing Territorial representa um papel importantíssimo na afirmação dos nossos territórios.

Numa crise sanitária desta natureza, que é também uma “guerra” social e económica, só através de uma estratégia consolidada conseguiremos abrir horizontes com confiança e em segurança. Mais do que nunca, é o momento em que os municípios têm de estar ao lado e em contacto permanente com os seus munícipes. Torna-se premente criar e consolidar marcas territoriais que comuniquem de forma relevante e humana para dar apoio, esperança e criar empatia com a comunidade neste momento difícil e único.

É importante resistir à tentação de olhar para as marcas como um custo e descartar o seu papel, quando na realidade este é o derradeiro momento de as trabalhar. É preciso analisar, estudar e planear as alterações que estão a ocorrer no mercado, e por sua vez trabalhar a forma como nos adaptamos a essa realidade. As marcas não desaparecem, perpetuam-se.

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Portugal é um território rico em identidade, boa gastronomia, bons vinhos, destinos diversificados e tudo isto continua cá, nada foi afectado. A expressão portuguesa “longe da vista, longe do coração”, ou longe da mente, como a indica em inglês a expressão “out of sight, out of mind” representa um conceito que deve ser adaptado à nossa realidade territorial.

É preciso comunicar os nossos destinos de norte a sul, em particular destaque nesta fase, para o interior e para os territórios de baixa densidade que têm aqui uma excelente oportunidade para se assumirem como destinos privilegiados.

Vão emergir novas tendências, inclusive novos paradigmas e é o momento certo de, até mesmo os operadores mudarem o mindset, já não serve só promover Lisboa, é necessário reconhecer o valor que estes territórios aportam ao nosso país e que muitas vezes são esquecidos.
Nesse aspecto, melhorar a credibilidade e ampliar a visibilidade continuam a ser premissas muito válidas para provocar este desenvolvimento e coesão territorial.

É um facto que esta quarentena mudou o comportamento do consumidor. Pode-se observar o actual cenário decorrente das recomendações da OMS em que o consumo do digital aumentou de modo substancial. Surge então aqui a necessidade das marcas territoriais se assumirem também no digital e definirem estratégias consertadas, que as permitam atingir outros patamares.

A concorrência entre os territórios é cada vez maior e o marketing territorial assume-se como uma ferramenta crucial para a definição dos fatores diferenciadores que permitam promover as potencialidades de um território em particular no futuro pós-covid19.

Artigo publicado em meiosepublicidade.pt no dia 4 de maio de 2020

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