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Vamos dar “asas” ao Centro de Portugal

A região Centro compreende uma extensa área territorial, abrangendo os distritos de Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Aveiro, Viseu, Guarda e Santarém. Apresenta-se como uma vasta região, rica em cultura e património que cruza realidades bem distintas e assimétricas.

A ambição de criar um aeroporto na Região Centro do país não é de agora, mas tem vindo a ganhar cada vez mais protagonismo. Em termos de infraestruturas aeroportuárias, a região é servida a Norte pelo Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, a Leste pelo Aeroporto Adolfo Suarez Madrid-Barajas em Madrid e a Sul pelo Aeroporto Humberto Delgado em Lisboa. O desenvolvimento dos territórios está diretamente relacionado com a conectividade aérea existente e no caso do Centro de Portugal, as distâncias destas infraestruturas são absolutamente insuficientes para dar resposta às suas necessidades. Nesse sentido é fundamental que a região disponha de uma estrutura aeroportuária para voos nacionais e internacionais, sendo que esta representaria um enorme contributo para a defesa e desenvolvimento da coesão social e territorial de Portugal.

Hoje, na região Centro, temos vários territórios a reclamar um aeroporto, e este, é um sinal inequívoco de que é de interesse comum encararmos este tema com responsabilidade e seriedade, avaliando soluções válidas para servir o Centro de Portugal e o todo nacional.

Concretizar a ambição de dispor a região de um aeroporto regional é vital para impulsionar a economia a nível regional e nacional nos próximos anos.

É absolutamente necessário congregar vontades e discursos no sentido de reunir um comité intermunicipal de mobilidade aérea, a quem caberá avaliar a localização, tendo em conta estudos geotécnicos, ligações rodoviárias e ferroviárias, a avaliação das condições de mercado, estudos de viabilidade económica e orçamento global de forma a encontrar uma solução exequível e que seja incorporada no Plano Nacional de Investimentos 2030.

Existem duas grandes opções, uma delas passa por construir um aeroporto de raiz em algum local que sirva as necessidades da região, ou por sua vez, aproveitar a infraestrutura existente em Monte Real e abrir esta estrutura à aviação civil. No caso da Base Aérea de Monte Real já existem estudos que apontam para um investimento de cerca de 30 milhões de euros, numa abordagem de implementação rápida. Esta abordagem apresenta vantagens óbvias, mais em concreto ao nível da rentabilização económica através do polo de captação de turismo de Fátima. Para além disso, a BA5 já foi utilizada no passado para receber aviões civis, como foi o caso do Papa Francisco ter aterrado em Monte Real, para celebrar o Centenário das Aparições de Fátima, em 2017.

Nesta opção é essencial assegurar o funcionamento da estrutura militar que é fundamental para o nosso país e para a NATO. Será sempre imprescindível compatibilizar os dois sistemas de aviação, podendo esta ser uma alternativa mais eficiente e de “rápida” implementação.

Seja qual for a melhor opção, é o momento de passar das palavras à ação e dotar o Centro do país de um aeroporto que garanta a chegada regular de visitantes e que potencialize o escoamento de bens produzidos nas empresas da região. É um desígnio estratégico para Portugal. Vamos levantar voo rumo ao futuro!

Artigo publicado em publituris.pt no dia 29 de setembro de 2020

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